sábado, 14 de janeiro de 2012

A DELÍCIA DE AMAR



não há culpa em amar
ama-se porque se ama
outra razão não há


que seria de nós se o amor pesasse
que miséria seria não o ter


falam do coração
mas não vejo o coração envolvido
percebo o inconsciente dominante
inteiramente


quanto a mim


o que sou hoje me pertence
o coração bate normalmente
após as pontes que o ligam à vida 
intensamente


hemácias transportam oxigênio
um tanto de gás carbônico
sem efeitos sobre o aquecimento global
mas suficientes 
para as necessidades vitais


sinto-me dono de mim mesmo
na indulgência consciente
que vem do inconsciente
para me doar o fim de vida


procurar razões quem há de?
não há razões
mas deliciosas sensações 
nessa história mal contada
de amar   


Rio, janeiro de 2012.




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