não há culpa em amar
ama-se porque se ama
outra razão não há
que seria de nós se o amor pesasse
que miséria seria não o ter
falam do coração
mas não vejo o coração envolvido
percebo o inconsciente dominante
inteiramente
quanto a mim
o que sou hoje me pertence
o coração bate normalmente
após as pontes que o ligam à vida
intensamente
hemácias transportam oxigênio
um tanto de gás carbônico
sem efeitos sobre o aquecimento global
mas suficientes
para as necessidades vitais
sinto-me dono de mim mesmo
na indulgência consciente
que vem do inconsciente
para me doar o fim de vida
procurar razões quem há de?
não há razões
mas deliciosas sensações
nessa história mal contada
de amar
Rio, janeiro de 2012.
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