amamos o que desejamos não o que temos
sonhos inacabados
a tocar a fantasia dos mais puros ideais
do horizonte sem fim
do céu azul de verão
da neve nas montanhas
da chuva na semeadura
da fartura na colheita
do verso não escrito
do entendimento entre os homens
do amor que move o mundo
a glória e a riqueza desse mundo entretanto nada dizem
apenas entontecem
para destruir o gosto de sentir
não direi o que não posso
mas entre o céu e a terra
é mais rica a fantasia
e
só o desejo vai além
deixo-te desvendar
o que minh'alma toca
em sua inércia de pensar
e seu desejo de amar
que céu
que horizonte sem fim
que amor que move o mundo
vale é o amor de seguir rastros de teu barco
no risco de perder-te em mar que os desfaz
miragem solitária ilha
nesse mar onde persigo
o céu de te encontrar
navegar é preciso diz o bardo
direi com ele também
que navegar é o perigo
de qualquer dia chegar
onde não quero aportar
não deixarei de remar
por ti remarei contra a corrente
a cantar
a minha ânsia de amar
nada mais direi
nada tenho a declarar
Rio, fevereiro de 2012.
Flávio,"...a glória e a riqueza desse mundo entretanto nada dizem
ResponderExcluirapenas entontecem
para destruir o gosto de sentir..."Sinto que é preciso guardar e prosseguir no desejo e na possibilidade do sentir!Enaqunat permanecer haverão poetas e poemas e só isso nos salvará!Lindo poema!Graça