sexta-feira, 16 de março de 2012

AGUACEIRO [ÁGUAS DE MARÇO]



a chuva inundou ruas e praças mas não lavou meu amor


mudanças de clima pra mim são anti-climáticas impedem-me de chegar onde quero


o aguaceiro lava a alma tem valor de poema

é água que desce o morro e mais não vejo de grave


chove chuva chove sem parar


do mundo nada se leva nem o vento que sopra forte nem a chuva que cai


dói-me que o amor que tu me tens eu não o possa levar


tenho ar pra respirar céu azul sol e amor


por tudo isso não temo nem água nem fogo amigo


navego e sei mergulhar ainda estou vivo



Rio, março de 2012.



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