escrevo no silêncio
ouço vagamente os toques intermitentes do teclado
começa a madrugada
o sono não vem
leio as palavras de meus versos
sem crer
foi um dia vazio
passou como um olhar distante
que nada registra do que vê
nem alegria nem melancolia
não tenho a memória desse dia
tenho a sensação
e de repente vem a noite
sem estrelas sem luz da Lua
são duas horas do amanhecer
as palavras soletradas
são sinais frios
esquecido entrego-me a escrevê-las
hesitante
dormirei sem o poema
Rio, março de 2012.
Pois,que as vezes o poema surge do vazio e do silencio que nos permitimos!Quem sabe ouvistes somente a batida do teu coração,mas não acreditaste quanto era belo?
ResponderExcluirGraça