morrer de amor
talvez a única memória
do quanto é bom morrer
para viver amores
porque dizer
se é melhor calar para sofrer
o sofrimento de existir
indiferente
se sinto ou não
a esta hora deixo
a tua imaginação
o silêncio do segredo
não morrerei
nada direi
apenas viverei
o meu degredo
se de amor morrer
só eu sei
a quem amei
nenhuma intriga
sei que é bom
cantar essa cantiga
à maneira antiga
e não dizer
confessarei
in extremis
delirante
Rio, março de 2012.
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