intermediando dias
a alma fala do real interrompido
às noites tornadas fantasia
um vento leva ao sonho
e à lua do outro lado
tudo é difuso no sono
claridades ofuscam o entendimento
morte passageira
entre sonhar e ser
a dor agita as águas da memória
turvas ainda ao despertar
a vida sobe a suspirar à tona
o ar que alivia
enigma da consciência
qualquer coisa fica
talvez o amor que contagia
a vida retoma madura
o desejo de existir
Rio, maio de 2012.
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