quinta-feira, 1 de novembro de 2012

DE GRAÇA


para Graça de Souza Feijó

não posso ler um poema sem sentir
que sou eu e um texto
de um estranho que não eu
uma seleção de versos
que alguém pensou ou não pensou
e escreveu

a interpretação é obra da cultura (ou incultura)
de cada um
por isso não gosto dos críticos
que desejam extrair do que outro escreveu
um sumo só seu


Rio de Janeiro, novembro de 2012








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