quinta-feira, 29 de agosto de 2013

POESIA




te escrevo poesia como quem dorme

deixo atrás pensamentos
suspendo a rotina 
cessa a ciência
a ideia voa no sono
sou eu e nenhuma consciência

despede-se a vontade

nem amor nem ódio
tampouco tristezas
às vezes alegrias
mais nada
palavras

é quando nada vejo 

e só comigo
desamparado
indiferente
aguardo a frase desconhecida
que se revela em sonho
como tu és
não produto do que sinto
nem razão
mas poesia


Rio, agosto de 2013.



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