quinta-feira, 10 de setembro de 2020

FATALIDADE

 

tem o mar tanta ternura

ao declinar o sol no horizonte

vermelho embora

enquanto a placidez do horizonte ainda azul

tinge a dourar-se


essa a visão posto à janela

que me encanta  com a lua mágica que desponta

a perseguir o calor cadente do sol


a passagem dos dias para noites mais frias

soam meditação após um sonho

etapa

que a noite escura me aponta


a solitude me faz pensar

no infinito

não me julga indivíduo no escuro de mim mesmo 

mas parte do universo

no mistério de um princípio 

sem fim


o tempo espreita a passagem

e me expõe à memória

de dias e noites

de sóis e luares

da beleza de momentos

passados    


tudo é melancolia

à espera do futuro incerto

madrugada funda da noite

conquista imersa na fatalidade


Rio da pandemia, setembro de 2020


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