domingo, 25 de maio de 2008

ABISMO


o abismo está à beira de mim mas não o alcanço
como essência atrás do vento sopra esperança e alguns suspiros

nele um grito é só um pensamento

o eco são tristezas

acima olhos sussurrantes como vidros
desfloram almas
enquanto desço por uma corda rente à pedra
e claridades brancas põem a nu a solidão

diante do desconhecido peço tempo
para entender a divindade
mas tenho medo do que sou de costas para a noite
onde o próprio Deus na realidade hesita

resta pouco roucos sons em outros planos
de um desejo superado de outra solidão
além de mim em tempo transtornado
o abismo não consente


Londres, março de 2007/revisto em maio de 2008.

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