a minha mãe
boneca de pano
o piano entoa o canto de minha terra
no riso da criança sem nome
como boneca feita de pano
desterrado
essa música lembra o que amo
bonecas da minha gente
falam aos olhos do mundo
como céu antigo de sol
esta estrada musical fere
abstrata gente a olhar
nossas lendas a natureza e o mar
cirandas de afetos vividos
roda tortuosa em sons que convidam
a não morrer nos meus sentidos
essa balada é som primeiro de vida
Roma, março de 2003/revisto em Londres, maio de 2008.
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