domingo, 19 de julho de 2009

POEIRA DE ESTRADA







foi poeira o pó da estrada
pó que voltará a ser pó
sujeito à brisa do tempo
ou mero desejo das fadas

aqui à beira do verso
procuro encontrar o poema
que nada sôe e tudo diga
como desejos de amigo

que tanto mistério não há
nas manhãs de pouco sol
ou noites de tanta luz

no lapso de meu tempo cantei
tanto amei de tanto amar
cheguei não vim pra ficar

Rio, julho de 2009



2 comentários:

  1. Flávio
    Teus poemas dizem muito de como me sinto ultimamente. Mas a frase do teu perfil é o que mais me impressiona. Tenho um poema que termina assim:

    vida
    onde é que eu estava
    quando você passou...?

    Acho que é o chama de "tardia sensação do tempo."

    Um abraço.

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  2. repito-me sem medo de repetir que não me canso de pensar no que passou:

    "desce
    vem a mim pelas escadas
    lembra que o tempo passou
    e o que era não sou"

    muitos abraços

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