domingo, 23 de agosto de 2009

MAR AMAR







o mar que vejo da janela separa-me
de tudo que há do outro lado e dos barcos
que navegando se vão

uns que vem não me chegam
os que ficam estão vazios
quase nada me dão

o mar da minha janela é macio
derrama-se em longas vagas
assim como este cantar

longo é o mar curta a vida
nem tormento nem tormenta
ele me afaga e me guarda
quando me ponho a sonhar

o mar é bem minha vida
exausta e querida

canto o mar
sei que ouço seu cantar
e bem dentro de mim
escondo todo penar

amo
adoro esse mar
que me ensinou a amar


Rio de Janeiro, agosto de 2009



Um comentário:

  1. Quanto poema bom num dia só! Admirável essa sua entrega, meu caro!
    Parabéns!

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