só posso crer na existência de um caminho
uma trilha uma senda uma saída
dessa noite desagônica
que chamamos morte
sei que espero segurança
posto que finda a angústia da esperança
sem lembranças
ou janela paralela de tormentos
no eterno esquecimento
com que palavras dizer o que não digo
que música sentir
que montes ou mar para mirar?
estou aqui nada me dói
um instante e tudo são mudanças
da brisa que sopra mar afora
o azul do céu por sobre o monte
tingido do fogo contra o vento
mergulhando fervente no horizonte
ou nada me separa do nada que me espera?
Rio de Janeiro, agosto de 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário