fui jovem
tenho medo de lembrar
a alegria de o ser
não sei como cheguei
- por onde
que trilha que estrada que mar? -
ao que me tornei
não esqueço as horas claras
os beijos as noites
onde momentos foram deuses
sei bem que vivi
sei cada palavra dos gestos que tentei
mas agora percebo só o rumor
de meus passos incertos
de tudo muito pouco resta
nada é acaso
quase sempre sei que sou eu
como um vestígio
de repente é silêncio
e toma-me conta
a pura memória de haver vivido
o que é olvido
Rio, dezembro de 2009
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