quisera viver o tempo simultâneo
saudar o crepúsculo na aurora
tocar neve no Saara
ser eu mesmo e tantos outros
sob o azul do céu intenso
para esquentar-me frio ao vento do inferno
duplo de mim mesmo
carente e solitário
gregário e suficiente
sou eu mesmo sou mais de um
sou muitos em mim mesmo
e ninguém sou
e nada sendo nada espero
dos fatos singulares
Rio, 21 de setembro de 2010.
Acho que somos todos muitos. Sabe que as vezes acredito mesmo nisso, Flavio? Quem não se sente carente só, e no dia seguinte, gregário e suficiente? É proprio da alma humana. E lá no fundo, sempre esperamos muito. Abraço!
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