terça-feira, 21 de setembro de 2010

SINGULARIDADE








quisera viver o tempo simultâneo
saudar o crepúsculo na aurora
tocar neve no Saara
ser eu mesmo e tantos outros
sob o azul do céu intenso
para esquentar-me frio ao vento do inferno

duplo de mim mesmo
carente e solitário
gregário e suficiente

sou eu mesmo sou mais de um
sou muitos em mim mesmo
e ninguém sou
e nada sendo nada espero
dos fatos singulares

Rio, 21 de setembro de 2010.



Um comentário:

  1. Acho que somos todos muitos. Sabe que as vezes acredito mesmo nisso, Flavio? Quem não se sente carente só, e no dia seguinte, gregário e suficiente? É proprio da alma humana. E lá no fundo, sempre esperamos muito. Abraço!

    ResponderExcluir