passos
vou devagar porque hesito
à beira da corrente
que outros vem
enquanto tudo cessa de repente
sou o fim divergente entre o que sou e o que pensa
flutuo o tempo
esqueço
não sou mais quem fui
mas permaneço como verbo no presente
quem vai
não é quem pensa
apenas vai fisicamente
a alma fica
resistindo ao tempo
mas vens e para ti aperto o passo
e faço versos
Rio, julho de 2011.
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