deixo falar as palavras
por si só encontrarão seu destino
não há porque intervir na natureza delas
sempre me pergunto quê fazer diante da encruzilhada
terão elas a mesma angústia
ou não hesitam
o mesmo me pergunto diante de um espelho
sou eu aqui ou sou o outro
elas não se indagam
fácil é concluir que a angústia não lhes pertence
mas em mim revela-se
a cada palavra
as palavras têm sabor de tempo
diria o poeta
são frutos do olvido e do conhecimento
Rio, janeiro de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário