quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

A DERIVA



as vezes sou água
outras sou vento
barco e vela

na proa uma ideia
um horizonte infinito

que será de mim?

o vento sopra 
ideias assim

a quilha aproa pra leste
oceano sem fim
a popa rompe a inércia
barco contido

a água desfaz a razão
e gira a boreste sem mim
água e vento a bombordo

o céu azul é água
a sobra sou eu
pra onde não sei


Rio de Janeiro, fevereiro de 2017

(www.poemasinconjuntos.com.br)

Nenhum comentário:

Postar um comentário