segunda-feira, 14 de setembro de 2020

A UM IRRESPONSÁVEL

 


UM IRRESPONSÁVEL

 

homem sem destino

o que faz não nos dá paz

 

na sombra esfumaçada de queimadas

se vislumbra o fim

 

o pesadelo de aves e da gente

indistinto clamor

transformado em fábula  

traz um só horror

 

Amazônia o Pantanal a inclemente seca

seres vivos mortos

e o índio moribundo

última chama

 

homem irresponsável sem destino

só lhe resta o fim

 

Rio da pandemia, setembro de 2020.

[www.poemas inconjuintos.com.br]

 


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