"Porém, pera cantar de vosso gesto a composição alta e milagrosa, aqui falta saber, engenho e arte." Luís de Camões ... assim encontrareis aqui palavras magoadas a tornar o fogo frio e dar descanso a minha alma condenada ...
terça-feira, 7 de outubro de 2025
VIDA
quinta-feira, 2 de outubro de 2025
NADA A DIZER
terça-feira, 30 de setembro de 2025
Perplexidade
existo e sou levado a pensar
em mim e nos que me são iguais
nos homens que sobrevivem
e nos que se foram depois de acreditar
é preciso encontrar um sentido
das coisas que nos rodeiam
em cada dia e não se fazem sentir
e me transmitem percepções e sentimentos
talvez esse seja o sentido do real
um todo não partes
alma e corpo
visível e invisível
serei poeta a registrar o homem
que amou a vida
e a viveu completa
entre terra e céu
direi enfim que só viver
é o que sei
e sei que vivem flores
entre pedras que não são amores
Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2025
domingo, 28 de setembro de 2025
SER POETA
segunda-feira, 22 de setembro de 2025
VIVER
EU SÓ
nada há que me socorra
mais do que eu mesmo
perdido na existência
e me angustio
tudo há comigo
na esperança e desesperança
no mistério de existir
percepção de vida
e vejo claro
no sonho amargo
que em silêncio durmo
quase fora de mim
silêncio quase morte
na alma ruidosa
incoerente
que me deixa já
tudo é consciência
e pensamento
por um momento
me despeço e vou
Rio de Janeiro, 22 de setembro de 2025
quinta-feira, 18 de setembro de 2025
MAR
ESPERA?
nada tem de natural
tudo é tão breve que negligenciar o tempo passando
seria sandice maior
mão aqui onde estou aos 84 anos
não esquecerei as dádivas da vida
e viverei a alegria contida do tempo
que passa fugaz e frio
trata-se de alcança-lo se possível
correr atrás do vento
das nuvens no céu que se transformam
amar o azul e sonhar com o verde
que em camadas de espuma me tocam os pés
não não é o céu que espero
mas as derrotas da terra que me fascinam
e seguirão no amor sem fim no suspiro
que ainda respiro do que me lembro
e busco repetir
meus dias gozarão o sonho
Rio de Janeiro, 19 de setembro de 2025
www.poemasinconjuntos com.br
DESTINO
sei bem do meu destino
e o que espero dele é ser livre
mais nada pedirei na vontade de ser homem
no desejo de ser eu
cumpro bem o meu destino aos 84 anos hígidos
e vagabundos
na nostalgia do que não fui
por não ter conseguido ser
a verdade é que não resta tempo
para usufruir a liberdade
que almejei mas insisto em viver
quem sabe ela me vem
e não poderei resistir porque a pedi
ser homem ou velho
nuca foi uma opção
apenas me iludi com a sucessão
e o tempo implacável passou
não me esqueci de meus sonhos
em paz com o que sou
era o meu destino
e cá me encontro a sonhar
não me deslembro do que passou
sei que os dias sucedem a noite
e na noite não morrerei
sou do sol e no sol desaparecerei
Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2025.
www.poemasinconjuntos.com.br,
Navegando estou
não estou só no mundo
sexta-feira, 12 de setembro de 2025
DIVAGAR DEVAGAR
RETOMADA
nada
talvez na praia onde só o marulhar se ouve
imagina esse arrastar de águas do sem fim
vê
sonho com o que sou na lentidão do vai e volta
um ritual conta a história
e quem me pode dizer onde está meu pensamento
busco ser consciente e experimento um ritual da natureza
que me faz lembrar hesitações
discussões estéreis
minha mente
sou quem não viveu e duvida no sono da quase manhã
apenas quero ser eu mesmo
ao despertar do sonho e do isolamento
uma nova consciência
uma razão
uma certeza
ou adivinhar o que me dará de volta a vida
Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2025.
segunda-feira, 8 de setembro de 2025
PENSIERO
domingo, 7 de setembro de 2025
FIM
o tempo fecha as portas desejadas
e abre ansiedade ocasional
por passar
na vida nem tudo foi abertura
por vezes um sonho mau
e o desejo do bem
no que a confusão esclarece
diante da negação
ou da esperada afirmação
passa o tempo tudo passa
e o que penso do que foi
onde falhei
agora diante da incerta certeza
do que vem
janelas do tempo deixam ainda passar
sonhos que virão
ou não
faz quase escuro nos anos finais
Rio de Janeiro, sete de setembro de 2025
sábado, 6 de setembro de 2025
INCOMPLETUDE
Não: nada me ajuda
a entender o mundo