terça-feira, 6 de maio de 2008

MINHA CASA


[um velho poemeto revisto composto no Rio em janeiro de 2.000]


minha casa é a mesma casa onde quer esteja eu
minha casa é minha cabeça mas às vezes coração
tudo por ela passa
dela não se conhece o amor a dor a vontade
só eu sei o que passa
só eu vivo
só eu minto
em minha casa sobre a dor que não finjo
sinto

sou eu mesmo minha casa sou eu mesmo meu tormento
sem sossego sem sucesso não liberto meu momento
vontade tenho amor não sei
dor o tempo teceu qual rede nos fundos de minha casa
e a ela me prendeu

que fazer viver como?
emaranhado falta-me alento
sei que soube já não sei
nada sei
de fim mágico ou triste
sei que Ela vem
pressinto
a indesejada que chega
a morte qual solução


Londres, maio de 2007.


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