terça-feira, 6 de maio de 2008

SENTIDO



a poeira encobre o tempo
nada vejo
nem mesmo sinto
nada do que penso me sustenta
no que resta ser vivido

amargo doce fel
a vida tece momentos
na tela decadente e logo cessa

a presença indesejada sinto cada dia
refém de sua vontade
indiferente

o prazo não me comove
na metafísica da sorte
o sentido tão somente.

Londres, 7 de março de 2008.

Nenhum comentário:

Postar um comentário