segunda-feira, 26 de maio de 2008

PÉRFIDA ALBION



Chove na distante Albion
que me toma os dias sem me ser presente.

Deixo existir o mundo e faço destas mãos cúmplices
do sentimento ausente.

Frio não quero que me conduzam mãos alheias

porque fico
mas com sonhos
num espasmo da esperança de reaver o sol

Cumpro o rito

movimento obliquamente o vento
polidamente a medir os gestos
e o vago pensamento do filósofo doente.

Vazio regresso à chuva e tento.

Londres, maio de 2007.

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